É tempo de letras novas. De página em branco. De frio na barriga.
Sim, dá medo escrever sobre isso. Como dá medo viver tudo isso. Mas as palavras me constroem. E me vestem. E mostram o que – por hora – eu não quero mais esconder.
A regra é simples, como nos livros de matemática da época de escola: você pertence ou não pertence à alguém. É ciência.
A regra é simples, como nos livros de matemática da época de escola: você pertence ou não pertence à alguém. É ciência.
De todos os tipos de amor que já experienciei, não me arrependo de nenhum. O amor-próprio, que traz a paz interna, o amor dos amigos, que aguenta, arrasta e levanta. O amor de balada, que roça, se esfrega, se joga e vai embora. O amor da família, incondicional e eterno. E até aquele primeiro amor, que rasgou, perfurou, corroeu... ensinou. Amores que fizeram sofrer, que fizeram marcar. Que fizeram quem eu sou.
Pertencer a alguém.
Quando você encontrar a outra metade da sua alma, você vai entender porque todos os outros amores deixaram você ir. Quando você encontrar a pessoa que REALMENTE merece o seu coração, você vai entender porque as coisas não funcionaram com todos os outros. E que não é a metade da laranja que faz você ser completo, mas as lições que você aprende durante sua incompletude. Essas sim serão imprescindíveis e farão você dividir completamente tudo que existe dentro de você com aquele alguém.
Amor da conchinha e da barba na nuca.
Aquele sem freio, que ama e pronto. Aquele aconchego facinho que não se esforça, não finge. Aquele que está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas que eu, alguém inteiro e que tem preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
Alguém pra dividir sonhos. Alguém pra somar metas.
Alguém pra dividir sonhos. Alguém pra somar metas.
E eu que sempre fui tão determinada, tão metida, tão corajosa e guerreira, eu e todas minhas certezas, fiquei frágil como uma pluma quando tu me disseste: “Eu te quero pra toda vida”...
“Que corajosos somos nós que, apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo"
(Martha Medeiros)