Me sinto como Sísifo no sopé da montanha! Com meus fardos, mas com a felicidade superior que nega os deuses e levanta as rochas.
Essa vida enfim não me parece estéril nem fútil. Fui convencida da origem bem humana de tudo o que é humano. Abro meus olhos para o mundo. Não serei mais uma na marcha daqueles que desejam ver mas que tem a consciência que lhes faz covardes. O medo depende da imaginação, a covardia do caráter - já diria J. Joubert. A rocha pesada, ainda rola.
Sísifo, o herói absurdo. Tanto por causa de suas paixões como pelo seu tormento. Compartilhamos o mesmo descaso pelos deuses (metafóricamente falando), o ódio à morte e a paixão pela vida. Compartilhamos do mesmo descaso, da mesma censura. Pobres deuses. A audácia e a leviandade revelou seus segredos. Aqui como lá, há os interpéres indizíveis, preço pago pelas paixões terrenas.
Em cada momento que abandono o cume, encontro paz. Em cada instante em que vivo uma situação, digo o que penso e aprendo com isso, sou como Sísifo - superior ao meu próprio destino. Sou mais forte do que a rocha. Mas ela, assim como as malezas e feiuras de nossos dias, vai sempre estar rolando.
Tragico? Sim. Estamos eu ele conscientes disso.
Essa vida enfim não me parece estéril nem fútil. Fui convencida da origem bem humana de tudo o que é humano. Abro meus olhos para o mundo. Não serei mais uma na marcha daqueles que desejam ver mas que tem a consciência que lhes faz covardes. O medo depende da imaginação, a covardia do caráter - já diria J. Joubert. A rocha pesada, ainda rola.
Sísifo, o herói absurdo. Tanto por causa de suas paixões como pelo seu tormento. Compartilhamos o mesmo descaso pelos deuses (metafóricamente falando), o ódio à morte e a paixão pela vida. Compartilhamos do mesmo descaso, da mesma censura. Pobres deuses. A audácia e a leviandade revelou seus segredos. Aqui como lá, há os interpéres indizíveis, preço pago pelas paixões terrenas.
Em cada momento que abandono o cume, encontro paz. Em cada instante em que vivo uma situação, digo o que penso e aprendo com isso, sou como Sísifo - superior ao meu próprio destino. Sou mais forte do que a rocha. Mas ela, assim como as malezas e feiuras de nossos dias, vai sempre estar rolando.
Tragico? Sim. Estamos eu ele conscientes disso.
Sísifo era feliz.
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..
(Mário Quintana )
Quando estamos chegando com nossa grande pedra, no topo da montanha, sempre ocorre algo inesperado que faz com que "forças irreversíveis" levem-na de volta ao início. Então, erguemos a cabeça e tantamos levar a grande pedra de volta ao cume; agora desviando dos obstáculos já conhecidos...
ResponderExcluirSaber que se está no caminho certo, para chegar ao topo da montanha, basta por si só.