segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Braços abertos...











Tem músicas que tem o poder de transportar a gente. As notas soam parecendo um convite: me escute e viaje.  Que seja então! A coisa linda é que vai entrando toda aquela energia positiva. Eu respiro fundo e dou play... e quem nunca usou música pra refletir que atire a primeira pedra!

E é nesse embalo que caminha o último post do ano. Sente a vibe... 

Para mim os anos funcionam como espelhos. Confesso que desde que vi aquele filme do Kiefer Sutherland tenho um medinho oculto de espelhos. Afinal, espelhos, assim como os anos que vem e que passam, refletem nossas próprias perspectivas. Eles são os sentimentos que possuímos e os atos que emprendemos. Se for pensar assim, quantas chances o destino colocou na nossa frente em 2010?

O que eu quero dizer é que as palavras repetidas sobre aprender lições, estabelecer metas, sem qualquer aplicação pratica, não faz de um ano "novo" pois este será essencialmente novo se espelhar isso dentro de quem nós somos.

Tantas coisas vivi, tantos momentos. Sorri, chorei, dancei, trabalhei, apaixonei e desapaixonei. Eu comi tudo que gosto, bebi tudo que pude (aleluia) Traduzindo: eu sorri e eu chorei tomando trago ou não. E droga, não fiquei rica!!! Hehehe Mas eu tive o melhor: os momentos. E isso sim fez de mim milionária. Momentos que nunca esquecerei, momentos com pessoas que ficarão comigo para sempre. Momentos verdadeiros e intensos, como eu sempre gostei de ser.  Alguns perguntarão:  mas e o amor? Ah, esse bichinho aí. 2010 teve muito amor. O maior e melhor de todos: o da família. Indescretível e incondicional amor.  

O Destino as vezes nos prega peças, como se ele quisesse testar os nossos sentimentos e a nossa capacidade de amar um ao outro. Aconteceu muito disso esse ano comigo. Não, não é negativo, pelo contrário, sou uma fã dessas delícias. Graças a isso, eu hoje acredito que a gente só se encontra quando compreende que a mudança interna faz parte de uma vida inteira, que se achar e se perder faz parte desse eterno desequilíbrio.

Todas as amizades feitas, refeitas e desfeitas durante esse 2010 me fizeram entender: certas experiências, boas ou ruins, se partilham até mesmo sem palavras, só com gente da mesma raça. O que não significa nem cor nem formato de olho, nem tipo de cabelo. Como diria Lya Luft: o que importa é o indefinível parentesco da alma...  Pois bem. Conservei e aprendi com eles, os meus amigos. Novos e os velhos. Compartilhamos momentos, não importa como, onde, nem como. Apenas agradeço por existirem e por serem a riqueza que nunca perderei.

"As coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão"  Ah, Drummond de Andrade! Tu brinca! Nostalgias a parte, o ano novo tá aí. Scott, do Creed, fica me instigando♪♫ With arms wide open... under the sunlight ♪♫  e eu fico pensando: O que desejar em 2011?

Abrir os braços. Abrir a mente. Permitir. Não ter uma vida pequena, um amor pequeno, momentos pequenos. Que não tenhamos alegrias que caibam dentro de nossas bolsas. Eu quero para vocês e eu quero pra mim muito mais que isso! Aprender, experimentar, sentir. O que eu desejo não cabe em palavras e não cabe em mim... O que eu prometo: Não seremos perfeitos, apenas humanos.

Para a primeira estrela que ver na noite de reveillon, lembrarei, realiza o meu desejo. Pedirei sete vezes em voz alta, sem ninguém por perto para olhar e talvez rir.  Força e fé, que talvez tenha perdido, eu vou pedir. Fé na vida, fé nas pessoas. Fé no amor...que foi embora e há de voltar. Fé em mim mesma e fé em vocês por estarem sempre comigo. 



"Viver é foda, mas é bom pra cacete. Esse é meu slogan. Essa é minha vida. Isso que me faz feliz. Esse é meu clube. Esse é meu comercial de supermercado."



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Por essa coisa toda de amor,



Tem dias que realmente ter um blog e escrever nele fazem jus àquele dito popular: "é um santo remédio". And so it is...

Tem muita menininha por aí que não vai gostar de ler tanta coisa sobre futebol, mas ah! As favas! Eu curto futebol sim! Sim, eu entendo de esquemas tácticos, jogadas ensaiadas, e sei mesmo o que é um impedimento. Xingo muito quando o time tá mal e detesto quando a discussão acaba em: mulher não entende nada desse assunto. Ta bom né. Quero saber quantos vão pro estádio, cantam e pulam o jogo inteiro, quero saber quantas conhecem a escalação do seu time. Não levem a mal não, se falo é porque acho que podia ser diferente. E nessa hora não falo de Inter nem de rivais. Falo isso porque ser "torcedora" hoje em dia virou coisa de modinha entre as gurias. Comprou uma baby Look e sabe cantar meia música tá se achando a "barra brava". E normalmente foi na pilha do namorado, do primo ou as outras amigas. Quando o time ganha elas enchem o msn, quando ele ta mal ou perde, puf! Somem! De boa, "torcedora" não! No máximo turista.  Ah, mas confesso, podemos ter uma ou duas coisinhas em comum: também curto futebol pelas pernas maravilhosas, pelo pretinho básico do juiz, pelo Kaká, pelo Cris Ronaldo e pelo Beckham... hahaha, vamos combinar, futebol é tudo de bom! 

Voltando ao assunto, quando se é um time grande que está a muito tempo disputando muitos campeonatos, quando se está sempre nas finais ou em jogos decisivos nacionais e internacionais e GANHANDO os mesmos a gente acaba se acomodando. Nesses dias de copa quem gosta de futebol se vê numa situação complicada. Se teu time ganha, não existe felicidade maior. Sei disso porque passo por isso a algum tempo.  Fica quase que normal gritar campeão. Lembro de todos os cheiros e sentimentos de dias sem fim em que o coração não cabe no peito. Os dias de levantar copas tem sido perigosamente comuns para nós colorados. Graças a deus por eu não ser mais criança e poder participar e sentir isso, por estar consciente, mas não podemos nos enganar, existe o lado ruim. É quando a gente perde. 

 A 1ª coisa a fazer quando se passa por uma derrota é aceitar, paciência. É irritante, decepcionante, lamentável, mas aconteceu. Não há como voltar atrás. Depois é analisar e entender por que aquilo aconteceu, pra nunca mais se repetir. Ninguém vai deixar de ser ou ficar menos Colorado por isso. Perdemos hoje por que jogamos mal, vínhamos jogando mal há meses, e achando que estava tudo bem. Será o costume adquirido de achar que no final tudo iria dar certo? sim somos copeiros, mas para continuar ganhando as Copas precisamos resgatar o que é ser do Sport Club Internacional. 

O INTER sempre lutou contrα o impossível. E mesmo nαs derrotαs, lembrαmos dαs glóriαs e torcemos sempre. Nós nascemos do preconceito racial e da desigualdade social. Nascemos da discórdia e do descrédito!  Soberba nunca foi nosso forte. Deu para notar nos últimos dias pela nossa cidade né galera. Enquanto alguns desfilavam em carreata pra uma vaga e não um título, nós, Bi Campeões da Libertadores da América 2010  estavamos em casa, com nossos trapos guardados de batalhas de outrora. E não se engane, isso aí não é orgulho, é doença. Ser colorado é ser orgulhoso das vitóriαs sim,  mas também é ser humilde pαrα αceitαr derrotαs e corajoso o bastante pαrα se reerguer, enfrentαr os melhores times e ser cαpαz o suficiente para ser o dono do MUNDO outra vez!  Colorαdo é guerreiro, gαúcho e peleαdor. 

Escrevo pra ti meu INTER e pra todos que como eu necessitam de alento nesse momento, e escrevo também para aqueles que entendem de futebol, que sentem como eu o que é essa paixão. 

Foi com muita raça, foi sendo muito forte e bravo meu Colorado, que tu conquistastes tudo o que tu és e tens hoje.  E eu não quero milagres, não preciso deles. Quem ergue um Gigante sobre as águas pode tudo. Eu não quero santos, não preciso deles. Minha divindade é vermelha e feita de concreto e nela eu creio e reverencio sua grandeza infinita. Eu não quero promessas, não preciso delas. Meu juramento encarnado é eterno e irrevogável. Enquanto o pendão encarnado e branco dançar no sopro do minuano, eu sei que o impossível duvidará de si mesmo. Faz tua parte guerreiro, abre teus olhos, porque retornaremos a essa guerra... E eu, com todo meu amor vou pelear contigo.

É por essa coisa toda de amor... essa loucura da qual todos os dias somos capazes de nos aventurar. A adrenalina que circula em mim e que faz simples momentos valerem a pena. É nessas horas que me pulsa o sangue, escorre a lágrima e que cerro os dentes. Usar teus trajes épicos por dias de glória tem sido fácil.  Difícil é usar em dias dramáticos, pós derrota.

É, é difícil. Eu sei. Mas aqui estou eu. Eu prometi estar sempre contigo e nunca te abandonar. Buscαremos estrelαs novamente em todos os continentes e colαremos no lαdo esquerdo do peito e não será por uma derrota que vou te deixar!

Existe uma música que consegue traduzir muito melhor do que todas estas palavras:


♪♫ Eu nunca me esquecerei dos dias que passei contigo INTER! Colorado é coração, trago, amor e paixão, para SEMPRE  INTER...



para sempre sim.



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NightFalls




- Em todas as idas e vindas, obscuramente eu sempre sabia: embora tudo mude, nada muda por que tudo permanece aqui dentro, e fala comigo, e me segura no colo quando eu mesma não consigo sustentar.
E depois me solta de novo, para que eu volte a andar pelos meus próprios pés...




"A vida é mãe nem sempre carinhosa, mas tem uma vara de condão especial: o mistério com que embrulha todas as coisas, e algumas deixa invisíveis."   (Lya Luft)




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vermelho



" Tu pega a tua camisa vermelha todo domingo, ou no meio de semana à noite. Pega teus amigos, a família, o ônibus, o carro, a bebida, o ingresso. Quando sente o cheiro da fumaça do churrasquinho de gato, tu entra no jogo. O cheiro se mistura com a grama, com a umidade do gramado – é noite de Copa, é dia de Copa. O ar fica diferente, o vermelho se ilumina, com os refletores, as camisetas, as bandeiras em vermelho e branco numa arquibancada que parece não ter começo nem fim. É noite de Copa. É o placar, o vento do Guaíba, a bebida que esquenta, o pulo que incentiva, vamos lá, é noite de Copa. O Inter vai entrar, faltam dez minutos. É a hora que o campo brilha nas chamas vermelhas profundas do nosso paraíso. O paraíso da fumaça, da luz, do canto, do fogo. O paraíso pra nós, o inferno para quem nos enfrenta. "

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Querido Darwin


Chove lá fora e eu aqui dando graças pelo meu fone de ouvido estar funcionando...
Cabeça a 120Km/h e o dilema. Desde que criei o blog fico me perguntando: Quando posso postar de novo? Apesar de meus pudores primitivos prefiro ouvir o Eminem aqui no meu ouvido:  ”whenever you want!”  

No bidé ao lado da cama, cintila sobre a luz do note aquele livro do Amyr Klink que eu ainda não terminei.  Nesses dias do Rally do tal do Fialho acabei por negligenciar meu trabalho, minha cultura e minha diversão, por incrível que pareça (se arrependimento matasse!)... Ah, o tal Rally! To me segurando para não falar dele. Para o Sr. Fialho será um post especial, preparado com todo cuidado. Temo que quando assim o fizer muitas casas vão cair por aí.

Minha mãe na cozinha, a pizza no forno e eu um pouco assustada. Vejo que me transformei num tipo de máquina de observar fatos e formular conclusões. Tem sido ótimo e assustador para mim descobrir que "essa corrida é para os fortes" e que eu provavelmente terei de fazer mais do que me contentar em admirar os fatos da vida. 

 Dá nada né…  “I’m note afraid, to take a stand!” 

Vivemos em uma cidade em que castas sociais traçam comportamentos, modas e condutas.  Como soldadinhos de brinquedo lutamos, trabalhamos e gastamos energia tentando ser eles, pensar como eles  ou parecer com eles. Ah que se dane... 

Darwin, se estivesses online, te convidaria pra junto comigo apreciar as mutações e “evoluções” da nossa raça. Nessa nossa bandinha veríamos que as meninas descobriram que vale a pena ser independentes e bem resolvidas, mas sem nunca esquecer o romantismo e a fidelidade.  Veríamos que os guris descobriram que é possível ser charmoso sem perder a elegância e o cavalheirismo. Comprovaríamos que os CTG’s estão sempre lotados, assim como os shows de bandas do Rock gaúcho.  Dream on! Bom se fosse...

Não quero parecer aquelas tias chatas, ou aquelas mães rabugentas. Me considerem aquela garota legal, mas que sabe falar sério. 

Vejam se concordam comigo: nas festas não existem mais limites para diversão.  Beber já não tem mais graça, a vibe é ficar com 5 em uma noite, quase mergulhar em coma alcoólico, bater em alguém ou consumir alguma coisa qualquer que faça a viagem ficar mais louca. Culpo os pais sim mas culpo também a educação e os valores perdidos. Não existe mais média de idade nas festas. Não é por mal, mas aos 14 a gente ainda não tem maturidade para lidar com as nóias e tentações da noite.  Quando lembro dos meus  13, não tenho arrependimento nenhum, ao contrário, rola uma nostalgia boa de quem vivia de brincar de barbie e joelhos ralados.

O que quero dizer é que pular etapas na nossa evolução e esquecer dos valores familiares e tradições culturais está fazendo com que nossa sociedade mude, radicalmente. Até ai, beleza.  Se as mudanças fossem só positivas. E se “ser diferente do normal” não fosse motivo de exclusão social. Assim como nos teus dias, querido Darwin, a luta é constante e recorrente pela existência, e dá pra gente ver uma forma poderosa e incessante de seleção nesse processo todo.

Escutando Cold Play ou Luan Santana, com calças largas, bombachas ou skinnis apertadas,  manter a opinião forte, seguir meu caminho e não ter medo de ser diferente. Tá aí a chave.

Parafraseando o Fábio Assunção: “Essa á minha vida , esse é meu clube.”

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Inauguração.

dizia Neruda: "Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova..."

Tá aí um cara que eu admiro... Me fez enxergar, juntamente com outras pessoas que eu preciso escrever.  Mostrar a alma, mesmo que ninguém leia, ou até que leiam e acabem lendo o que não queriam. Simplesmente escrever. Já me ajuda a organizar o pensamento e ver tudo com mais lucidez, com mais clareza. Quem nunca pensou nisso? 

Balõezinhos, candies, confetes e tudo que há de bom. Tipo festinhas de criança sabe? Com todos aqueles doçinhos empanturrantes pra comemorar! 
Criei coragem e criei este blogg. Não poderia ter escolhido época melhor. Conflitos, injustiças, muitas opiniões para por no papel e um twitter atulhado para harmonizar.

Mas não é fácil. Os dedos quase não acompanham a mente que voa... é quase como dar a luz a um filho (se eu ja tivesse um saberia). Tem que planejar, se organizar e mais do que tudo, nunca negligenciar. Tenho medo que minha consciência egoísta amarre com ela meus pensamentos mais profundos e o que não quero é que isso aqui se torne meu "querido diário", até porque eu nunca consegui escrever um.

Quem gosta de falar de tudo, entende de tudo, pra quem é metido(a), curioso(a), a Caixa de Pandora é nosso lugar. Que as palavras aqui contidas sejam como grãos de areia, que escorrem de dentro da Caixa. Pequenos grãos nas mãos daqueles cuja ousadia nasceu do fogo, da sabedoria, da arte, da justiça e da liberdade... Uma caixa contendo todos os males da humanidade...Poderia também conter a Esperança? 
Sinceramente, é o que eu mais quero! Que no caos de meus devaneios te toque, te motive, te instigue e te faça pensar, seja para concordar ou não. Se concordar, adoraria saber porque, se discordar, por favor, me diga todos os porquês.

Que a deliciosa jornada começe.

Paulo Coelho simples, fala muito melhor que eu: "As palavras tem poder", então tá Paulão, seja feita tua vontade!