sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Querido Darwin


Chove lá fora e eu aqui dando graças pelo meu fone de ouvido estar funcionando...
Cabeça a 120Km/h e o dilema. Desde que criei o blog fico me perguntando: Quando posso postar de novo? Apesar de meus pudores primitivos prefiro ouvir o Eminem aqui no meu ouvido:  ”whenever you want!”  

No bidé ao lado da cama, cintila sobre a luz do note aquele livro do Amyr Klink que eu ainda não terminei.  Nesses dias do Rally do tal do Fialho acabei por negligenciar meu trabalho, minha cultura e minha diversão, por incrível que pareça (se arrependimento matasse!)... Ah, o tal Rally! To me segurando para não falar dele. Para o Sr. Fialho será um post especial, preparado com todo cuidado. Temo que quando assim o fizer muitas casas vão cair por aí.

Minha mãe na cozinha, a pizza no forno e eu um pouco assustada. Vejo que me transformei num tipo de máquina de observar fatos e formular conclusões. Tem sido ótimo e assustador para mim descobrir que "essa corrida é para os fortes" e que eu provavelmente terei de fazer mais do que me contentar em admirar os fatos da vida. 

 Dá nada né…  “I’m note afraid, to take a stand!” 

Vivemos em uma cidade em que castas sociais traçam comportamentos, modas e condutas.  Como soldadinhos de brinquedo lutamos, trabalhamos e gastamos energia tentando ser eles, pensar como eles  ou parecer com eles. Ah que se dane... 

Darwin, se estivesses online, te convidaria pra junto comigo apreciar as mutações e “evoluções” da nossa raça. Nessa nossa bandinha veríamos que as meninas descobriram que vale a pena ser independentes e bem resolvidas, mas sem nunca esquecer o romantismo e a fidelidade.  Veríamos que os guris descobriram que é possível ser charmoso sem perder a elegância e o cavalheirismo. Comprovaríamos que os CTG’s estão sempre lotados, assim como os shows de bandas do Rock gaúcho.  Dream on! Bom se fosse...

Não quero parecer aquelas tias chatas, ou aquelas mães rabugentas. Me considerem aquela garota legal, mas que sabe falar sério. 

Vejam se concordam comigo: nas festas não existem mais limites para diversão.  Beber já não tem mais graça, a vibe é ficar com 5 em uma noite, quase mergulhar em coma alcoólico, bater em alguém ou consumir alguma coisa qualquer que faça a viagem ficar mais louca. Culpo os pais sim mas culpo também a educação e os valores perdidos. Não existe mais média de idade nas festas. Não é por mal, mas aos 14 a gente ainda não tem maturidade para lidar com as nóias e tentações da noite.  Quando lembro dos meus  13, não tenho arrependimento nenhum, ao contrário, rola uma nostalgia boa de quem vivia de brincar de barbie e joelhos ralados.

O que quero dizer é que pular etapas na nossa evolução e esquecer dos valores familiares e tradições culturais está fazendo com que nossa sociedade mude, radicalmente. Até ai, beleza.  Se as mudanças fossem só positivas. E se “ser diferente do normal” não fosse motivo de exclusão social. Assim como nos teus dias, querido Darwin, a luta é constante e recorrente pela existência, e dá pra gente ver uma forma poderosa e incessante de seleção nesse processo todo.

Escutando Cold Play ou Luan Santana, com calças largas, bombachas ou skinnis apertadas,  manter a opinião forte, seguir meu caminho e não ter medo de ser diferente. Tá aí a chave.

Parafraseando o Fábio Assunção: “Essa á minha vida , esse é meu clube.”

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